«Um dia, talvez quando chegar o inverno, vou contar-te as minhas histórias. Com a tua ajuda. Escolhes uma das minhas rugas e começamos por aí. Primeiro as dos olhos. Depois aquelas duas que tenho no canto dos lábios e que me esmorecem a expressão quando não estou a sorrir. Depois, se quiseres, passamos para a flacidez da pele, e logo a seguir para os resultados da gravidade, de todo o peso que já carreguei nos ombros e no peito.
Despir-me-ei para ti. Toda.
Se quiseres, paramos um pouco e fazemos amor. Vai estar frio porque escolhi o inverno e vai apetecer-nos ficar na cama todo o dia, de janela fechada, arfantes por respirar o ar cansado e suado.
E se entretanto te apaixonares por mim, vou fingir que não reparo para não te constranger, e dou-te um beijo, desses inteiros que são teus, antes de adormecermos por instantes».
Despir-me-ei para ti. Toda.
Se quiseres, paramos um pouco e fazemos amor. Vai estar frio porque escolhi o inverno e vai apetecer-nos ficar na cama todo o dia, de janela fechada, arfantes por respirar o ar cansado e suado.
E se entretanto te apaixonares por mim, vou fingir que não reparo para não te constranger, e dou-te um beijo, desses inteiros que são teus, antes de adormecermos por instantes».
http://rosapurarosa.blogspot.com/ , com a devida vénia.
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