'Contigo sinto-me livre' - dissera-lhe.
Terá valido a pena chegar até aqui só para ouvir coisa tamanha.
Não acreditava em milagres e, o sol, quando era muito forte é porque era verão certamente, ou mesmo quando chovia muito e fazia frio, devia ser inverno. Tudo tinha uma explicação. Menos esta força imensa, que só a natureza explica, que lhe tomou conta da alma, do corpo e dos sentidos.
Quase lhe roubava a vida.
Nunca mais fora a mesma.
'Ouve lá' - dizia-lhe. 'Tu ainda nao entendeste que fazes parte de mim? que somos uma unica pessoa? que tudo o que tu sentes eu sinto igual?'.
O inesperado das palavras fazia-a sentir viva de novo. Já não estava habituada. Agora a vida tinha novo sentido, Aquele sentido que só os poetas conseguem passar para o papel....